“Quando as longas sombras do amanhecer se encurtam gradualmente para, ao meio-dia, debaixo dos nosso pés, se converterem num halo negro quase invisível, mostram o que realmente são: raízes secretas que nos dão à luz. Os contos curtos, mínimos, são sementes de volumosas novelas. Na imaginação do escritor, durante largo tempo fermentam centenas de páginas, dissolvem-se e por fim coagulam numas poucas linhas que, como um elixir alquímico, permitem uma extensa recreação... O conto curto, se bem conseguido, pela sua brevidade fora do decorrer do tempo, como um tiro de revolver, pode submergir-nos no impossível Presente. O nosso ser autêntico é o olho das sombras” A. Jodorowsky
sexta-feira, março 24, 2006
Acerca de mim
- Nome: dISPArteatro
- Localização: Lisbon, Portugal
O dISPArteatro, grupo de teatro do ISPA, foi fundado em 2005 com objectivos diversificados, inseridos na prática institucional de investimento na cultura como eixo fundamental na formação dos seus estudantes e da sua divulgação dentro e fora das paredes da escola. Este grupo assume-se como lugar de pesquisa, privilegiando uma abordagem ao teatro como procura e como encontro. As aproximações entre o teatro e a psicologia são uma das suas principais vertentes de investigação. No âmbito das suas actividades, o dISPArteatro organizou já diversos workshops de preparação do actor, bem como outras iniciativas de promoção da cultura teatral. Participou no FATAL 2006, 2007 e 2008 com as peças “Tesouros da Sombra”, a partir de textos de Jodorowsky, e "Oedipus" de Sófocles, e "Buracos Negros" encenadas por Nicolau Antunes e "O meu Fado" musical encenado por Gil Alon. Em 2010 criou a peça "Acabou-se a Brincadeira? Variações Au Gostinho", trabalho inspirado no Teatro-Fórum de Augusto Boal e na Filosofia de Agostinho da Silva, com encenação de João Pedro Amaro e António Gonzalez.
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5 Comentários:
Tesouro da Sombra estreou.
Com algum nervosismo à mistura, com alguma exaltação, o nosso filho acabou por rasgar o ventre do dISPAr. Meus parabéns para o nosso encenador Nico (bom rapaz), ao TóZé (o culpado) e a todo o pessoal díspar(G´andes malucos) pelo brilhante esforço de equipa, que por vezes parece morno, mas é o abraço mais quente que alguma vez recebi.
Existe ainda um longo trabalho pela frente, mas isso é futuro,e o futuro faz-se hoje, no aqui e agora. Vamos aproveitar os pequenos momentos e vivê-los intensamente, quer eles sejam bons ou maus. Com isso tiramos partido das nossas emoções, proporcionando momentos realmente únicos. O amanhã pode não chegar.
Agora vou ser um g´and´a´baldas. Esta é para o Antunes!
sábado, abril 08, 2006 4:14:00 da tarde
É pá, achei muito gira a vossa peça, mas porque raio tenho que levar com cheiro a sovaco de gajos que não conheço de lado nenhum. Voçês por acaso não têm a peça em versão DVD?
Era engraçado, a família Antunes ao invés da família Meireles.
Antunes p´ra aqui, Antunes p´rá li, era tudo Antunes p´ra não haver trocas de nome.
Era giro.
sábado, abril 08, 2006 4:34:00 da tarde
Um comentário que fiz acerca de umas semanas, que agora não encontro, disse que viver plenamente o momento e desfrutar das nossas emoções (boas ou más) era das coisas mais importantes que o ser humanano pode presenciar. Aliás, é uma das coisas que nos faz separar dos resto dos animais. Quis me eludir. De facto, o ser humano foge duma maneira desalmada das emoções que lhe trazem tristeza. Mas para tirar o máximo partido do aqui e agora, torna-se necessário vive-las, porém, elas parecem que correm atrás de nós, não as podemos evitar. Hoje estou triste, muito triste. Foda-se! Isto é terrivelmante mau. Mas não quero deixar de estar triste, porque o acontecimento que me está a provocar isso merece o meu mais profundo luto. Amanhã estarei mais feliz, se o momente se proporcionar. As coisas que mais amamos nunca morrem, permanecem dentro de nós para sempre. Continuas perto de mim.
quinta-feira, abril 27, 2006 5:27:00 da tarde
"Para se conseguir viver, mesmo viver, a mais importante e difícil das tarefas a alcançar é sabermos permitir-nos a sofrer, a deprimir. Deixarmo-nos sentir a dor mais insuportável das dores, o vazio desesperante da ausência, a tristeza mais profunda do ser. É deixarmo-nos banhar em lágrimas, a água na sua essência mais pura: solta-se a alma, liberta-se o corpo, lava-se a visão impedindo-se que se venha a sobrepor mais um vidro desfocado e embaciado que a irá limitar. Só uma visão limpa por um doloroso escorrer de lágrimas abrirá portas, não a ver o que se perdeu, mas a ver o que ainda se tem para ganhar. É essa a visão que não fica a contemplar a porta que se fechou, mas que avista a janela que se abriu." Nada do que sentimos serve para morrer. Tudo o que é sentido, bom ou mau, enriquece-nos e faz-nos maiores, basta ser sentido. Amanhã é outro dia. Um abraço com carinho, ghost (mas que seja sentido em "carne e osso", sim?) ;)
quinta-feira, abril 27, 2006 9:56:00 da tarde
"La vida es una fuente de salud, pero esa energía surge sólo donde concentramos nuestra atención. Esta atención no sólo debe ser mental sino también emocional, sexual y corporal. El poder no reside ni en el pasado ni en el futuro, sedes de la enfermedad. La salud se encuentra aquí, ahora"
domingo, abril 30, 2006 12:59:00 da manhã
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